sexta-feira, 18 de março de 2011

NOVIDADES

Fonte: http://www.blogconsultoria.natura.net/minha-visita-a-fabrica-da-natura-em-cajamar/

Como este é o ano Internacional da Química não poderia faltar a nossa participação nesta comemoração.

Estamos preparando várias surpresas e novidades (Visitas Técnicas, palestras, entre outras atividades).

Para segundo semestre de 2011 estamos programando mais uma visita técnica ao Espaço Natura.

terça-feira, 15 de março de 2011

AIQ

Primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel inspirou a comemoração

Marie Curie (1867 - 1934)
Única pessoa a receber 2 prê
mios Nobel em áreas científicas

Descobertas de Marie Curie ajudaram a reduzir o sofrimento de enfermos.
A história da cientista polonesa nascida há 143 anos desafia os padrões sociais e científicos do final do século XIX e início do século XX. Tímida, obstinada e inteiramente voltada à ciência e ao humanismo, Marie Curie dedicou seu trabalho e suas descobertas para salvar vidas e reduzir o sofrimento humano. Precursora de sua época, foi a primeira mulher a dar aulas na Universidade de Paris - Sorbonne (França), a primeira a ganhar um Prêmio Nobel, em 1903, e a única mulher até hoje a conquistar dois prêmios Nobel. Conhecida simplesmente como Madame Curie, ela descobriu o elemento químico Rádio, ampliando as possibilidades para o aprofundamento das pesquisa sobre a matéria, a energia e a radioatividade.

Seu trabalho permitiu que, mais uma vez, a química pudesse ser aplicada na área médica, sobretudo nos tratamentos de cânceres. Maria Sklodowska nasceu em Varsóvia, na Polônia, em 7 de novembro de 1867, quando o país vivia sob domínio do Império Russo. Seus pais eram professores e a família levava uma vida humilde. Em 1883, terminou o ensino médio com excelentes notas. Decidida a continuar seus estudos científicos em Paris, teve de trabalhar como tutora de crianças para juntar dinheiro e viabilizar a viagem. Queria estudar matemática e física na Sorbonne e planejava voltar à Polônia depois de obter o diploma de licenciatura nestas áreas.

Em 1891, com 24 anos de idade, ela chegou à capital francesa para estudar. Mudou o nome para Marie, e concluiu a Licenciatura em Física e Ciências Matemáticas na Sorbonne. Seus planos de voltar para a Polônia mudaram quando um amigo a apresentou a Pierre Curie, cientista e professor da escola municipal de Física e Química Industrial. Um ano depois, em 1895, eles se casaram. Tiveram duas filhas, Irène, nascida em 1897, e Eve, em 1904. Marie e Pierre trabalhavam juntos em seu laboratório desenvolvendo pesquisas que mais tarde lhes dariam o Prêmio Nobel de Física. Marie sucedeu o marido como Chefe do Laboratório de Física da Sorbonne e obteve o Doutorado em Ciência, em 1903.

Suas pesquisas iniciais, junto com o marido, muitas vezes eram feitas com grande dificuldade. As condições do laboratório eram precárias (o local era muito frio no inverno, quente no verão e não havia equipamentos básicos) e ambos tinham que trabalhar arduamente como professores para garantir a subsistência. A descoberta da radioatividade por Henri Becquerel, em 1896, inspirou os Curie em suas pesquisas.
Em 1898, o casal descobriu dois novos elementos radioativos: o rádio, cujo nome deriva da palavra latina “raio”, e o polônio, que ganhou este nome em homenagem à terra natal de Marie. Madame Curie desenvolveu métodos para separar o rádio dos resíduos radioativos em quantidades suficientes para permitir sua caracterização e o estudo minucioso de suas características, em particular as propriedades terapêuticas.

O Prêmio Nobel de Física de 1903 foi dividido entre o casal Curie e Henri Becquerel, que descobriu a radioatividade espontânea. Marie e Pierre Curie ficaram com metade do prêmio por suapesquisa sobre o fenômeno da radiação descoberto por Becquerel. Marie Curie estudou a radiação de todos os elementos radioativos conhecidos, incluindo urânio e tório, o qual ela descobriu mais tarde que também é radioativo. Em 1911 ela foi premiada com o Nobel novamente, desta vez com o de Química, por suas descobertas e estudos dos elementos rádio e polônio. Depois de conquistar o segundo Nobel, ela passou a trabalhar para construir o Instituto do Rádio, em Paris, onde pesquisaria as aplicações da radioterapia na medicina. A radioterapia é utilizada para o tratamento de câncer.
Depois da morte de Pierre, em 1906, em um acidente – ele escorregou, caiu e acabou atropelado por uma carruagem –, ela foi convidada a assumir o posto que o marido ocupava na Sorbonne, tornando-se professora de física. Foi a primeira mulher a conquistar esta posição.

Durante a Primeira Guerra Mundial, Marie Curie montou unidades móveis de radiologia e treinou grupos de voluntários para operá-las. “Estas unidades foram especialmente úteis em 1914 durante a Batalha de Marne”, contou, em suas memórias, já que radiografavam soldados feridos para localizar ossos quebrados, balas e estilhaços. Ela também criou uma unidade móvel de radiografia, que percorria os hospitais de Paris que não dispunham desse equipamento.
Já conhecida internacionalmente por suas pesquisas, em 1920 ela viajou aos Estados Unidos, sendo presenteada pelo governo federal com um grama de rádio, além de recursos e novos equipamentos para dar continuidade ao seu trabalho.

Madame Curie conquistou um alto grau de respeito e admiração junto à comunidade científica de todo o mundo, mas manteve durante toda a vida uma postura avessa à publicidade, às honrarias e à vida social. Seus estudos mais conhecidos são Recherches sur les substances radioactives (Investigações sobre substâncias radiativas), de 1904; L’Isotopie et les éléments isotopes (Isotopia e elementos isotópicos) e o clássico Traité de radioactivité (Tratado sobre radiatividade), de 1910.

Ela integrou o primeiro Conselho Solvay (Conseil Solvay),em 1911. Criado por Ernest Solvay, fundador da multinacional química Solvay, o objetivo do conselho, que existe até hoje, é reunir os mais importantes químicos e físicos para discutir temas de suas especialidades. Curie também Madame Curie morreu na cidade francesa de Savoy em 4 de julho de 1934 de anemia aplástica, provavelmente causada pela radioatividade. Suas cinzas estão depositadas, ao lado do
marido, no Panteão, em Paris, onde também se encontram os restos mortais de célebres personagens da história francesa. A devoção à ciência e ao humanismo foram legados aos seus descendentes.

A filha mais velha do casal, Irène Joliot-Curie, ganhou o Prêmio Nobel de Química, em 1935, junto com o marido, Frédéric Joliot, pela síntese de novos elementos radioativos. A filha caçula, Eve, casou com o diplomata norte-americano H. R. Labouisse. Ambos tinham grande interesse por problemas sociais. Sua atuação como diretor do Fundo para a Infância das Nações Unidas (Unicef) lhe rendeu o Prêmio Nobel da Paz de 1965. Eve é autora de uma famosa biografia da mãe, intitulada Madame Curie, publicada pela primeira vez em 1938 e traduzida para vários idiomas.

Integrou o Comitê de Cooperação Intelectual da Liga das Nações, entidade que antecedeu a Organização das Nações Unidas. A importância do trabalho de Marie Curie pode ser medida pelos diversos prêmios que ela recebeu nas áreas de ciência, medicina e direito, e vários outros nas áreas de ensino, concedidos por sociedades científicas de todo o mundo. Além dos dois prêmios Nobel, Madame Curie recebeu, em 1903, junto com o marido, a Medalha Davy, concedida pela Royal Society, de Londres (Inglaterra), associação científica fundada em 1660.
Em homenagem aos Curie, a radioterapia era chamada na França de “Curieterapie”.
Para saber mais:

Fundação Nobel
Marie Curie – her story in brief da Sociedade Norte-Americana de Física http://www.aip.org/history/curie/brief/index.html.

Divulgando AIQ


Sobre o AIQ (Ano Internacional da Química)

A Química é a base da vida. Toda matéria encontrada no universo é composta pelos elementos químicos e sua combinação molecular, representada por desde gases vitais como o oxigênio e a amônia, até estruturas de enorme complexidade como o DNA e as proteínas.

Sua diversidade tem esplendor na natureza e nas inúmeras possibilidades de composição de materiais para as mais diversas aplicações, a exemplo de medicamentos, alimentos, novos materiais, ligas metálicas e energia.


A Química é a base da vida. Toda matéria encontrada no universo é composta pelos elementos químicos e sua combinação molecular, representada por desde gases vitais como o oxigênio e a amônia, até estruturas de enorme complexidade como o DNA e as proteínas.

Sua diversidade tem esplendor na natureza e nas inúmeras possibilidades de composição de materiais para as mais diversas aplicações, a exemplo de medicamentos, alimentos, novos materiais, ligas metálicas e energia.

Na 63ª sessão da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) foi aprovado e proclamado, para 2011, o Ano Internacional da Química, conferindo à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e à União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) a coordenação das atividades mundiais. O objetivo é a celebração das grandes descobertas e dos últimos avanços científicos e tecnológicos da química.

O Ano Internacional da Química tem como meta promover, em âmbito mundial, o conhecimento e a educação química em todos os níveis. Além da celebração dos inúmeros benefícios da Química para a humanidade, o AIQ tem como meta uma ação mundial sob o slogan CHEMISTRY FOR A BETTER WORLD (Química para um mundo melhor), coordenada pela UNESCO/IUPAC. Seu objetivo principal é a educação, em todos os níveis, e uma reflexão sobre o papel da Química na criação de um mundo sustentável.

O Brasil, através dos órgãos representativos da Química Brasileira, une-se à UNESCO e à IUPAC para celebrar este acontecimento e também para apresentar um conjunto de idéias e ações destinadas à melhoria da educação e da pesquisa em Química no país. O conjunto de ações programadas pela SBQ é também uma maneira de congregar a comunidade de químicos brasileiros e, com isso, poder contribuir ativamente com o Programa Nacional de Ciência e Tecnologia.

A cerimônia de abertura do Ano Internacional da Química-2011, ocorrerá no dia 23 de março de 2011, às 13:30h, na Academia Brasileira de Ciências, Rua Anfilófio de Carvalho, 29, Centro, Rio de Janeiro.